Sempre
tive muito medo do pré conceito que as pessoas formariam de mim ao
me ver e como elas me tratariam depois dessa primeira impressão.
Acho que isso foi incorporado pela minha septuagenária mãe, nada
por mal e sim por ela ser de uma geração com valores e conceitos de
vida bem diferentes dos da minha, que sempre ditou que tudo deve
estar impecável para que as pessoas não pensassem que ela era
desleixada com os filhos e com a casa. Eu lembro de ir para as
festinhas de aniversário com camisa social, colete, óculos, cabelo
repartido, sapato bem limpo, ou seja, uma versão miniatura do meu
avô e enquanto me vestia, ouvia o sermão “O que os outros vão
dizer depois?” ou “Vão dizer que a tua mãe é uma relaxada!”
caso eu aparecesse “ponta acima, ponta abaixo”. Eu não condeno
essa ditadura e hoje até entendo o motivo da minha mãe ter sido tão
enérgica, ela tinha, e tem até hoje, medo que eu sofra com as
palavras, atitudes e recriminações de terceiros, por isso o foco
era nela e na desaprovação dela.
O bom é
que as crianças crescem, passam pelo bullyng escolar, passam por
experiências positivas e negativas, dão com a cara no chão,
levantam e aprendem a recomeçar, isso tudo são fatores fundamentais
para manter os movimentos ininterruptos dos ciclos geracionais que
determinam a formação das personalidades dos futuros adultos.
E quando
entramos na fase adulta, nos deparamos com dois caminhos:
Vou ser eu
mesmo e não me importo com o julgamento alheio OU Vou viver
escondendo quem sou para não ser julgado.
E quando
digo julgar, não pensem que estou sendo hipócrita em dizer que não
julgo ninguém e que sou total #PazEAmor, mas que sim eu desaprovo
muitas coisas e isso não me dá o direito de faltar com respeito com
qualquer indivíduo/conceito/etc que seja alvo da minha desaprovação.
E então surge um novo caminho para seguir: #RespeitarODiferente!
E aí
minha gente é correr pro abraço! Vamos ser o que queremos ser sem
medo de sofrer alguma retaliação desnecessária, vamos ser liberais
com nós mesmos, vamos admitir os nossos sentimentos, vamos ir em
busca do que queremos, vamos ser felizes com a verdade da nossa
essência e vamos ter respeito por nós mesmos, pela nossa família e
pelo próximo. Hoje eu não tenho medo da impressão que vou passar
quando as pessoas me veem, na verdade acho que as pessoas veem: Um
cara tranquilo!
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